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Oficina de Artes

A Arte, além de ser uma expressão da criatividade, funciona como um recurso terapêutico, independente de outros tratamentos, auxiliando na manutenção da qualidade de vida dentro do quadro de uma doença.

 

A expressão artística desempenha um importante papel no setor da saúde, especialmente em hospitais e outras instituições assistenciais. Grupos que trabalham nesse setor, como os Doutores da Alegria, que visitam crianças hospitalizadas, fazem uso da arte com fins terapêuticos, empregando-a como instrumento auxiliar do tratamento.

A Oficina de Artes da Associação Brasil Parkinson adotou a pintura como uma atividade prazerosa, que exercita os canais sensoriais e produz bem estar aos parkinsonianos.
 

O Programa
A Oficina de Artes foi implantada em outubro de 1995, com o objetivo de oferecer em atividades lúdicas aos seus sócios. Foi criado um motivo para reunir pessoas com interesses e problemas semelhantes, que proporcionasse uma oportunidade de melhoria da autoestima e da qualidade de vida, tendo como metas:
• Exercício prazeroso de treino dos movimentos.
• Desenvolver ou adquirir uma nova habilidade.
• Concentração e amplitude da percepção.
• Adquirir confiança para expor um trabalho artístico.
• Satisfação pessoal em apreciar os seus próprios trabalhos e os de seus colegas.
• Integração e socialização.

Os Trabalhos Executados são Especialmente:
• Pinturas com guache sobre papel canson.
• Desenhos com guache sobre papel sulfite, para confecção de sacolas.
• Pinturas com moldes vazados em pano de prato.
• Pinturas sobre tecido.
• Pinturas a óleo sobre tela.
• Pinturas a óleo sobre eucatex.

Como surgiu a Oficina
A voluntária Lucy de Araújo, responsável pela criação do programa para a Oficina de Artes, baseou-se em sua própria experiência familiar. Sua mãe, portadora da doença de Parkinson há 25 anos, vinha sendo por ela incentivada a pintar como distração. A pintura proporcionou-lhe uma série de benefícios, amenizando os sintomas da doença, conforme foi observado.
Aproveitando o espaço disponível na sede da Associação, que havia acabado de inaugurar (maio de l995), Lucy dispôs-se a dar aulas de pintura na ABP. Fundamentou-se na experiência familiar, nos conhecimentos práticos de arte de que dispunha e na função de pedagoga que exerceu até se aposentar. O curso foi iniciado contando com cinco participantes, dentre eles a sua própria mãe, Dona Adelaide Araújo que dá nome a Oficina de Artes.

Principais Objetivos
• Soltar a imaginação, permitindo a expressão de pensamentos e sentimentos através da pintura apurar a percepção da beleza das cores, da harmonia dos tons, suas nuances e seus encontros.
• Apreciar a própria produção artística e observar o trabalho dos colegas, trocando opiniões e conhecimentos, levando ao desenvolvimento da sociabilidade.
• Aprimorar a capacidade de observação, exercitando a concentração da atenção.
• Conferir os próprios progressos na execução dos trabalhos artísticos, incentivando os recém-chegados a acreditarem nas suas próprias habilidades e não desanimarem.
• Ao melhorar a qualidade de vida, essa atividade contribui, também, para elevar a auto-estima.

Público Alvo
Destina-se aos portadores da doença de Parkinson, que atinge na grande maioria pessoas na faixa etária acima dos 55 anos. Por isso, os participantes da Oficina de Arte concentram-se na faixa entre 55 e 70 anos de idade, e alguns até acima dessa faixa.

Os trabalhos são iniciados com música de fundo, que auxilia o aquecimento dos participantes através de traços aleatórios feitos em papel sulfite com caneta esferográfica, a fim de soltar os movimentos e concentrar a atenção.

Os trabalhos são iniciados com música de fundo, que auxilia o aquecimento dos participantes através de traços aleatórios feitos em papel sulfite com caneta esferográfica, a fim de soltar os movimentos e concentrar a atenção.

Terminado o aquecimento, é dado a cada participante um trabalho de acordo com suas preferência e condições, sempre estimulando o aluno a experimentar novas técnica, ou orientando-o para dar continuidade ao trabalho iniciado na aula anterior.

Pontos de maior destaque das Metas Alcançadas
• A motivação com que chegam às aulas de pintura
• A alegria que reina no ambiente de trabalho
• Motivo para se reunirem e darem risadas juntos, contando piadas e novidades da semana, além da troca de experiências pessoais, dicas e apoio psicológico recíproco
• Integração e colaboração entre os participantes
• Sentir-se pertencente ao grupo e apoiado pela Instituição
• Seus próprios relatos, citando os benefícios que o novo aprendizado está lhes proporcionando; algumas vezes chegam com tremores e no desenvolver da atividade, sentem-se melhores
• Muitos passaram a pintar em casa, usufruindo de uma ampliação de horas de atividades prazerosas
• Assumir tarefas, dentro de suas possibilidades, sentindo-se úteis
• A presença dos familiares e cuidadores que terminam ajudando e se envolvendo com a Oficina de Artes.

Resultados e metas alcançadas
Os trabalhos executados na Oficina de Artes são vendidos nos bazares montados nas festas que a Associação promove ou em rifas realizadas a fim de angariar recursos para a manutenção da própria Oficina.
Desde 2001 são realizadas exposições dos quadros pintados na Oficina, evento que pode ser realizado na entidade ou em espaços públicos, como já aconteceu no Espaço Cultura do Banco Central na Avenida Paulista em 2001.

Artesanto
A Oficina de Artes conta também com atividades de artesanato. Peças de cerâmica e porcelana dão produzidas em forno de 800º e depois passam pelo processo de pintura.

Utilizando-se da própria cerâmica e porcelana pintada, de materiasi recicláveis e de peças de origami, o setor de artesanato produz xícaras, canecas, copos e objetos de decoração. As aulas de artesanato são ministradas no mesmo horário de funcionamento da Oficina de Artes, todas as terças e quintas-feiras das 13:30h às 15:45h e está a cargo da voluntária Elli Ahlemeyer, também diretora da ABP.

Origami
O Origami é uma técnica japonesa de dobraduras, transforma papel em diversas figuras representativas da natureza. Acredita-se que a origem dessa prática é tão antiga quanto a do papel, que surgiu na China em 105 a.C.

O contato das mãos do portador da Doença de Parkinson com o papel ativa o cérebro e promove benefícios como a melhora da coordenação fina, concentração, raciocínio e o desenvolvimento da criatividade.

A prática do Origami proporciona aos pacientes, familiares e profissionais envolvidos em momentos de relaxamento, amenizando a tensão ocasionada pela doença.

Na ABP a atividade de Origami está a cargo do professor Roberto Itai, que utiliza papel reciclável que ele mesmo traz para as aulas. As aulas são ministradas todas as sextas-feiras das 09:00h às 12:00h.

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